quinta-feira, 13 de março de 2008

O Brasil-colônia e a música

Olá a todos!

No dia 8 de março houve duas comemorações importantes para a sociedade brasileira. A primeira, como citamos aqui no Svaragrama, foi o dia internacional da mulher. A segunda foi a celebração dos 200 anos da mudança da família real portuguesa para o Brasil. Em homenagem a essa data, faço uma leitura acerca da música brasileira da época.

Algo que a maioria dos historiadores concordam é que sem a vinda da realeza dos Bragança, o Brasil não seria o mesmo. Um país unido geograficamente e importante na região poderia não existir, em seu lugar haveria vários outros países menores que teriam em comum somente o idioma.

Dom João VI decidiu mudar a família real, com o apoio da Inglaterra, para fugir do exército francês que adentrava no território português. Num jogo perigoso, enganou a Napoleão e chegou na terra tupiniquim. Aqui, promoveu mudanças na infra-estrutura, na organização do Estado e na cultura, inclusive na música.

No período anterior à chegada da realeza, não havia grandes teatros nem salas de concertos. A música clássica era praticamente restrita aos coventos e igrejas. Mas o povo brasileiro já formava sua identidade musical conhecida até hoje. As rodas de capoeira e de tambores dos negros já era bastante conhecida.

Com a chegada de Dom João, a cultura brasileira mudou. A música era a arte mais apreciada pela coroa. Laurentino Gomes, autor do livro 1808, conta que a realeza "gastava 300 000 francos anuais da Capela Real [sala de concerto] e seu corpo de artistas, que incluíam 'cinqüenta cantores, entre eles magníficos virtuosi italianos, dos quais alguns famosos castrati'..."

As mudanças foram significantes. Mas a principal herança da época é realmente a música de concerto, que foi influenciada pela missão artistica francesa que incluía artistas como Debret e o músico Segismund Neukomm.

As influências do período ainda estão presentes no nosso cotidiano. É uma herança cultural riquíssima.

Até a próxima!

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